Doença Renal Crônica e outras doenças associadas Parte 1
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Doença Renal Crônica (DRC)
O rim desempenha um papel fundamental na regulação da pressão sanguínea. Quando a função renal está preservada, uma elevação da PA conduz que o rim aumente a excreção de sódio e água, com redução do volume sanguíneo, do retorno venoso e, desta forma, mantém a pressão sanguínea dentro de valores normais.
O que é a Hipertensão Arterial (HAS)
A hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pelos elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha de bombear com maior esforço do que o normal o sangue, através dos vasos sanguíneos. Ou seja, a HAS é a elevação da pressão arterial acima dos valores considerados normais.
O que é a Doença Renal Crônica (DRC)
A doença renal crônica é caracterizada por lesões na estrutura do rim, irreversíveis, que podem evoluir progressivamente para uremia, insuficiência renal crônica (IRC) e falência renal.
A definição de DRC engloba um conjunto misto de processos fisiopatológicos associados a uma função renal anormal e a um declínio progressivo da taxa de filtração glomerular (TFG).
As diretrizes da National Kidney Foundation (NKF) definem 5 estádios de DRC com base na TFG:
Estádio 1 (TFG igual ou superior a 90 ml/min, com proteinúria ou hematúria).
Estádio 2 (TFG 60-89 ml/min, com proteinúria ou hematúria).
Estádio 3 (TFG 30-59 ml/min).
Estádio 4 (TFG 15-29 ml/min).
Estádio 5 (TFG inferior a 15 ml/min).
O termo insuficiência renal crônica (IRC) corresponde aos estádios 3,4 e 5 da DRC, nos quais se verifica uma redução irreversível e significativa da quantidade de néfrons (unidades funcionais do rim).
São dois os principais mecanismos que explicam o aparecimento de lesão renal em pessoas com hipertensão: a presença de PA elevada, associada à rigidez das artérias, leva a um aumento da pressão nas arteríolas aferentes que, por sua vez, causa hiperperfusão e hiperfiltração glomerular. Deste modo, perde-se o processo de auto-regulação renal e desenvolve-se proteinúria.
*Proteinúria é a perda excessiva de proteínas através da urina
No entanto, o principal mecanismo da HAS na DRC tem sido associado à perda progressiva da capacidade renal de excretar o sódio. À medida que a função renal se deteriora na DRC, com diminuição progressiva da TFG, a prevalência de HAS aumenta. Daí resulta um balanço de sódio positivo, já que não se consegue excretar. Inicialmente, a subida da PA é predominantemente sistólica e mediada pela expansão do volume de fluido extracelular, com aumento do débito cardíaco. À medida que o volume extracelular e o débito cardíaco normalizam, surge um aumento da resistência vascular periférica, com subida da PA diastólica.
Fonte: Portal da Diálise
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